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A Cultural Survival participará da COP30 em Belém, Brasil

Os direitos Indígenas são uma solução climática!

De 10 a 21 de novembro de 2025, será realizada em Belém, capital do estado do Pará, na região do baixo Amazonas, no Brasil, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2025, também conhecida como Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).

Esta reunião global reunirá representantes governamentais dos 198 países signatários da Convenção, bem como representantes de organismos da ONU, da sociedade civil, da academia, de setores industriais e uma grande delegação de Povos Indígenas, mulheres e jovens.

A representação Indígena é essencial para impulsionar os líderes mundiais a tomarem medidas imediatas contra as mudanças climáticas, e é por isso que os membros da nossa equipe estarão presentes para se juntar ao Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) e a outros líderes Indígenas e aliados, com o objetivo de pressionar os responsáveis pela formulação de políticas a adotarem respostas urgentes e holísticas diante dos impactos das mudanças climáticas. Esforços proativos para centrar, financiar e respeitar os direitos, a liderança e a gestão Indígenas devem ser uma prioridade em todos os níveis de tomada de decisão.

Exigiremos:

  • Justiça financeira e acesso direto aos fundos climáticos por parte das comunidades Indígenas.
  • Fim das Zonas de Sacrifício, desmantelando o sistema de racismo ambiental criado por projetos extrativistas e corredores de infraestrutura. Nenhuma comunidade deve arcar com o custo das “transições verdes” que reproduzem injustiças históricas, desapropriação e contaminação em nome da transição justa ou da economia verde.
  • Consentimento Livre, Prévio e Informado (CLPI) em todas as questões relacionadas aos Povos Indígenas, incluindo políticas, investimentos, indústrias extrativas e projetos de “desenvolvimento”. Do início ao fim, as comunidades devem ser consultadas e ter a capacidade de conceder ou retirar seu consentimento.
  • Fim das falsas soluções, como mercados de carbono, compensação de emissões e mecanismos de financiamento climático que geram dívidas.
  • Proteção dos Povos Indígenas em Isolamento Voluntário e em Contato Inicial.
  • Proteção territorial e demarcação de terras e territórios Indígenas.
  • Transição justa baseada nos direitos dos Povos Indígenas.
  • Integração sistemática dos sistemas de conhecimento Indígena em todas as políticas climáticas, Contribuições Nacionais Determinadas e Planos Nacionais de Adaptação.
  • Participação direta na concepção e supervisão das cadeias de abastecimento de minerais de transição.
  • Respeito e inclusão da liderança e do conhecimento Indígena, tanto de jovens como de anciãos, através de investimentos na troca de conhecimentos e de um Fundo para Jovens e Anciãos Indígenas.
  • Sistemas para a soberania digital.
  • Proteção efetiva dos defensores e defensoras Indígenas do meio ambiente.


Delegação presencial da Cultural Survival:    

  • Aimee Roberson (Choctaw e Chickasaw), Diretora Executiva
  • Alicia Moncada (Wayuu), Diretora de Defesa e Comunicações
  • Edson Krenak (Krenak), Gerente do Programa Brasil
  • Rosy Sul González (Maya Kaqchikel), Gerente do Programa de Rádio Direitos Indígenas
  • Mariana Kiimi Ortiz (Ñuu Savi/Mixteca), Associada de Defesa
  • Camila Romero (Quechua), Assistente do Programa Guardiões da Terra
  • Dev Kumar Sunuwar (Koĩts-Sunuwar), Coordenador do Programa de Mídia Comunitária
  • Thaís Soares Pellosi, Assistente Executiva
  • Carmem de Sena Cazaubon, Assistente do Programa de Fortalecimento de Capacidades
  • Consultores: Djalma Ramalho Gonçalves (Aranã Caboclo) e Polina Shulbaeva (Selkup)
  • Parceiros no Brasil: Newiwe Ana Miranda Top’Tiro (Xavante/A’uwẽ Uptabi), Safira Ribeiro da Silva (Quilombola Mumbuca), Osmar Marcelino Miranda (Aranã Caboclo) e Ailton Seabra Borges (Itacoã Miri).

Declarações:

“Enquanto viajamos para Belém, toda a humanidade se encontra em uma encruzilhada. Continuaremos no caminho da destruição ambiental ou trabalharemos coletivamente para mudar o rumo e assumir nossa responsabilidade de cuidar de nossas comunidades e ambientes? [...] Os Povos Indígenas sofrem desproporcionalmente os efeitos das mudanças climáticas, mas também temos muito a oferecer para resolver esta crise. Para exercer essa liderança, precisamos ter autonomia, autogoverno e direitos coletivos, incluindo a gestão de nossas terras e águas. Esses elementos permitem que nossos modos de vida, línguas, culturas e conhecimentos tradicionais continuem e sirvam de exemplo para toda a humanidade”.  — Aimee Roberson (Choctaw y Chickasaw), Diretora Executiva.

“Nós Povos Indígenas estamos na linha de frente da crise climática, mas continuamos sendo excluídos dos processos de financiamento e tomada de decisões climáticas que afetam diretamente nossas vidas. Na COP30, exigimos que o financiamento climático chegue diretamente às soluções lideradas por comunidades e iniciativas indígenas de adaptação. Protegemos a maior parte da biodiversidade do mundo, mas nossas comunidades estão sendo deslocadas, nossos sistemas alimentares interrompidos e nossos locais sagrados destruídos. A verdadeira justiça climática requer reparações. A ação climática não é uma opção política, é uma obrigação, e a liderança indígena é essencial para qualquer solução real”.  — Alicia Moncada (Wayuu), Diretora de Defesa e Comunicações.

“Após 30 anos de conferências globais sobre o clima, nós Povos Indígenas exigimos ações concretas para garantir o acesso ao financiamento climático, a proteção e a garantia de nossos territórios e o direito à autodeterminação. Enfrentamos uma avalanche de falsas soluções que transformam nossas terras em zonas de sacrifício para a chamada Economia Verde. Exigimos ações reais, não promessas! [...] Pela primeira vez, nossas comunidades florestais, Povos Indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais terão a oportunidade de apresentar suas agendas locais. Esta COP verá a floresta de perto, não através de satélites ou imagens, mas a partir daqueles que realmente vivem aqui”.   — Edson Krenak (Krenak), Gerente do Programa Brasil.


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Eventos em destaque




 

12 de novembro, das 16h às 17h30
Juventude Amazônica pelo Clima: Conhecimento e Ações Locais

Casa das ONGs (Rua Cônego Jerônimo Pimentel, 315)
Participantes: Lucas Cunha, Newiwe Top'Tiro e Edson Krenak

13 de novembro, 12h30 – 13h30
Povos Indígenas e Iniciativas de Adaptação Climática no Brasil: Transformando a política de adaptação em ação

Pavilhão Belém +10
Participantes: Newi Top'Tiro e Martha Fellows


 

13 de novembro, 15h – 17h
Protect Talks 2025 – Terra que arde, povo que cuida

Casa Balaio (Av. Nazaré, 669 - Belém, PA)
Participantes: Safira Ribeiro e aliados





13 de novembro, 19h00-21h00
O Preço do Verde: Corredores de Lítio, Minério e Grãos, e as Zonas de Sacrifício do Brasil construídas sem o Consentimento Livre, Prévio e Informado (CLPI)

Bem me Quer, Belém do Pará
Participantes: Cultural Survival

 

 

18 de novembro, das 10h às 11h
Territórios vivos, futuros possíveis: estratégias indígenas para se adaptar às mudanças climáticas

Pavilhão do Brasil (Zona Azul)
Participantes: Breno Amaju e Paula Guarido (outros aliados)

19 de novembro, das 9h30 às 10h30
Ação climática comunitária e indígena: novas medidas do Sul Global

Resilience Science Must-Knows (Zona Azul)
Participantes: Ailton Borges, Martha Fellows, Edson Krenak – vídeo de Rilary (outros aliados)